certa vez, ao entrevistar um famoso chef francês, perguntei a ele se não se incomodava em fazer merchand de produtos bosta. me respondeu que, se paga as contas dele, tá tudo certo, foda-se. esse pelo menos assume a canalhice, sem ter o cinismo de quem finge que tenta salvar o mundo.
admirável mundo velho.
problema maior ocorre quando é mais difícil reconhecer o inimigo. ainda mais nesses tempos onde tantos garimpam por uma causa para chamar de sua.
não existe boa fé por parte de quem organiza um evento pra falar da bola da vez, a alimentação saudável, e ao mesmo tempo tem contrato milionário com café de cápsula num país onde se tem algo que não falta é bom café produzido por agricultura familiar.
estamos falando do mesmo chef que se apropriou culturalmente da baunilha do cerrado, deixando pequenos e modestos produtores na merda. se isso não é novo colonialismo, eu não sei o que é.
mesmo raciocínio foi levado a belém do pará, na casa das onze janelas, onde nossa heroína tainá marajoara expulsou o bandido, inclusive o humilhando internacionalmente.
não é todo dia que se perde.
infelizmente são paulo não tem a mesma gana e caiu no conto do bioma, largando às traças vários boxes de um mercado municipal cuja óbvia função é a de abastecer a população. pode ter certeza de que alguém se deu bem com essa jogada, siga o caminho do dinheiro.
nem com os seus, em sua própria cozinha, onde parece ser proibido fazer comida gostosa, o ativista em questão age de maneira razoável. quem duvida que pesquise o cotidiano de seus estagiários e cheque se eles recebem ao menos a condução.
a indústria alimentícia existe pra servir e ser cobrada, tal como um político. e quem a representa deve ser combatido.
não se deixe enganar por discursos de efeito maleficamente elaborados por quem não dá a mínima pra ti.
pau na canalha.
Zeno Bocardo Pereira says:
nossa heroína tainá marajoara
exato Jota
30 de January de 2020 — 07:48
Eidur says:
Mulher maravilhosa.
2 de February de 2020 — 09:41
Ana Brandt says:
Ótimo texto. Pau!
22 de May de 2020 — 06:16
Fabiano says:
Parabéns, baita texto.
30 de January de 2020 — 08:55
Pedro says:
O blog voltou muito bem, mas textos como o do cais já me fazem questionar a necessidade de fazer um por dia. Gosto dos textos mais reflexivos. Esse de hoje também é meio repetitivo. Aquela velha e manjada rivalidade com o Atala. Quem já leu dias de feira e sabe do seu talento quer algo mais estimulante.
30 de January de 2020 — 09:19
Bernardo says:
Tainá guerreira! Atala lixo!
30 de January de 2020 — 10:00
Eidur says:
Que horror! Ninguém merece ser chamado de lixo. Mesmo um mau-caráter como o Atala.
2 de February de 2020 — 09:40
Luiz says:
Estou achando que o Darth Vader em questão é o próprio Jb (deixando o ódio fluir através da força). Esqueça Atala, esqueça jaquin e esqueça Henrique Fogaça Jb. Foque em postagens com conteúdos mais positivos e informativos. Quem sabe assim você conseguirá ir para o caminho da Luz. Grande abraço e que a força esteja com você.
30 de January de 2020 — 13:19
Eidur says:
Apoiado! Viva a positividade!
2 de February de 2020 — 09:38
Amanda says:
Um cozinheiro não vive de positividade,
Obrigada, JB, por falar abertamente sobre essas questões. Muita firula, pouca comida boa e funcionários explorados.
2 de February de 2020 — 13:47