por que uma coluna dominical? explico. relação afetiva com aqueles jornais grossos de domingo que não existem mais. sempre serei um incorrigível gutenbergiano.
saibam os jovens de plantão que os jornais eram vendidos nas mesmas bancas que hoje são decoradas com refrigerantes e penduricalhos pouco interessantes.
também era possível comprar gibis, magazines e nas bancas da paulista tinha itens importados difíceis de encontrar nos bairros, de maneira que o garimpo dominical era programa certo dos pós-adolescentes da minha geração oitentista que migravam de seus bairros rumo à cidade.
muito tempo se passou e hoje essa memória vive apenas na cabeça de quem já se aproxima do meio século de existência. ou os ainda mais velhos.
importante não colocar a decadência do comercio em questão na conta da quarentena, já que o óbito ocorreu há mais de uma década.
mas não é novidade que a pandemia mudou o mundo e que, com o natural novo temor de lugares fechados, as ruas devem ser ocupadas.
de maneira que minha sugestão é a seguinte: e se transformarmos as bancas em dinâmicos bares e restaurantes, com boa e acessível comida de rua?
povo na rua comendo, bebendo, se divertindo e gastando pouco. é essa a ideia. se o prefeito precisar de uma curadoria, estou à disposição. esse é o tipo de desafio que adoraria encarar. de cara já prometo menos burgers e mais churrasquinhos, além da natural atenção à gastronomia saudável.
e não deixarei de vender jornais. porque enquanto houver um leitor, haverá publicações.
bom domingo, camaradas.
Cássio de Oliveira Almeida says:
Era muito bom ir nessas bancas mesmo, comprei muito gibi. As crianças ainda leem gibi? Era fantástica a sensação de comprar um gibi novo e folha-lo com os olhos brilhando.
5 de July de 2020 — 14:05
Nando says:
Cara, ideia genial! Além de manter esse tipo de comércio que, infelizmente, anda meio capenga, seria uma frente a mais contra a “Gourmetizacao” ( blaargh) da culinária.
Se precisar de sócio, to nessa.
5 de July de 2020 — 16:19
Pontara says:
O Santander criou um programa que incentiva bancas a se transformarem em floriculturas, chaveiros, conserto de celular etc
5 de July de 2020 — 18:18
Rodrigo says:
Hoje temos bancas diferentes que se reinventaram e pretendem continuar pós-pandemia, como a Banca Tatuí, Banca Curva, Banca Kiro, Combo Café e A Banca Vermelha.
5 de July de 2020 — 18:38
Raphael C. says:
“ de cara já prometo menos burgers e mais churrasquinhos”
Pode contar com o meu apoio. Nada melhor que um bom churrasquinho, talvez a comida de rua ideal!
Abs
6 de July de 2020 — 18:24
Marcelo Andrade says:
Boa ideia!
10 de July de 2020 — 15:02
Moacyr Oliveira Rosa Junior says:
Idéia sensacional.
Eu também adorava frequentar bancas. Fui entregador de jornais no interior durante adolescência, quando adquiri o hábito da leitura de jornais e revistas. Uma pena que esta indústria tenha desaparecido. Ficaram os nomes em minha memória: Bloch, Abril, Vecchi, JB (Jornal do Brasil, não o dono deste espaço), Manchete, Vip.
Enfim, sinal dos tempos.
6 de August de 2020 — 18:06