já bem no começo da história desse famigerado blog explico porque ainda não fui no novo empreendimento daquele famoso chef francês televisivo. basicamente dou detalhes que giram em torno de não ter que ir num lugar onde nem o dono conhece direito, já que acabou de inaugurar. dar tempo ao tempo, deixar as pessoas trabalharem em paz.
há uma semana abriu aqui nos arredores simpático botequim com nome de miúdo de frango e ares tijucanos, dois pontos fracos meus. mas a regra do primeiro parágrafo vale para desde o investimento milionário até o mais simples botequim. se for ao negócio quando estiver mais redondo, a chance de perder é menor.
acontece que ontem uma chuva torrencial me pegou desprevenido bem na porta do minúsculo comércio que abrigou super bem eu e meu cachorro.
na falta de pelo menos uma cerveja que preste, generosa dose de cynar. desculpe, mário bortolotto! e depois um ou dois campari com gelo e laranja.
tinha acabado de almoçar e só por isso não comi absolutamente nada. mas a oferta de rango chamou a atenção com itens que remetem diretamente à minha memória afetiva de comida de boteco: fígado, jiló, moela, alheira, entre outras preciosidades. óbvio que voltarei com fome, ainda mais agora que já fui antes do tempo, foda-se. regra existe pra ser quebrada.
cozinheiro com cara boa e sócios trabalhando sem dó na operação, com raça. apesar de ter noite que fecham após as 2h, um deles me disse que pelo menos nos fins de semana querem abrir mais cedo. pessoalmente acho que o bar tem cara de dia, período inclusive que tem menos bebedor amador na rua.
só sei que num período de 30 minutos passei de não vou em lugar aberto em apenas uma semana a considerar pra caralho donos e fregueses, falei que levaria à espelunca meus amigos tijucanos, etc. até com uma pessoa fantasiada de pernalonga troquei rápidas impressões sobre o amigável balcão de fórmica vermelho. o que a chuva uniu só muita tosquice separará.
infelizmente os coxipsteys locais já descobriram o lugar, de maneira que é preciso muito cuidado pra escolher o horário da visita e não ser contagiado pela nova onda corona glitter. mas, como já disse, retorno e com fome, acho que vale o risco. quem sabe até não desenvolva relação afetiva com a espelunca? muito respeito pela comida de estufa.
boa sorte a todos os envolvidos.
Mário Sérgio says:
Respeitosamente – uma vez que o admiro muito -, noto que você possui certa dificuldade com relação à utilização dos porquês. Contudo, seus textos são admiráveis.
26 de February de 2020 — 12:59
Filipe Siqueira says:
Assim que vi esse lugar nos stories do Kaverilson, lembrei de você Jb. Simples, com destaque no cardápio pros miudos, tenho muita vontade de conhecer e o seu texto só me estimulou mais ainda. Tenho acompanhado esse novo blog desde o primeiro texto mas é a primeira vez que comento aqui, parabéns pelo talento Jb,e saúde pra quem tem!
26 de February de 2020 — 13:03
Luiz Cocozza says:
Uma mera Heineken no cardápio resolveria.
27 de February de 2020 — 14:18
Andre Abilio Dos Santos says:
Me digam o lugar, please? Rs
28 de February de 2020 — 17:33
Glenda says:
Ia te marcar na postagem da Paladar pq tua opinião vale mais pra mim (compartilhamos alguns favoritos). Ainda bem que vim checar antes no blog. Fiquei com mais vontade de conhecer.
28 de February de 2020 — 20:44
Lesco says:
J. cuidado com essa tribo coxipsteriana, está a invadir os mais recônditos recintos em busca de acalentar os bagos, próprio e alheios. Reflita sobre isso.
6 de March de 2020 — 00:55