poucas coisas são mais nojentas que um sachê de condimento. não confie em mudanças impostas por leis arbitrárias movidas pela indústria alimentícia. sempre alguém muito longe de ti ganha rios de dinheiro com tais ações.
o problema maior é que se usa mais de um sachê por sanduíche. já no segundo sua mão está engordurada e aí talvez você tenha que usar seus próprios dentes pra abrir o segundo, sendo que a missão nem sempre é bem sucedida. tem gente que inclusive deposita o sachê de volta na cesta e pode ser esse que você acabou de colocar na boca.
limpinho, né?
nem que a lanchonete tenha bons procedimentos de higiene, armazenando os malditos na geladeira após o expediente, ela não é páreo pro fator humano, que faz essas gracinhas.
sem contar que nem todo lugar é limpo. grande parte nem tira os sachês da cesta de palha e as empilha numa prateleira qualquer. sabe o que mais chama ratazanas e a barata dançando iê iê iê? se você pensou restos de alimentos, acertou. todo ser vivo precisa comer e a escuridão é a hora desses seres.
então, além de beijar um humaninho de tabela você também dá indiretamente uns cato em tudo quanto é tipo de inseto. suruba nojentona na tua boca.
nem entrarei no mérito do irrito sem fim que é qualquer tentativa de abrir uma porcaria dessa, do jeito que for. tira todo o prazer de comer um sanduíche e desperta alguns dos meus piores sentimentos.
bisnaga é a solução? depende. essas genéricas podem trazer outros tipos de problema, como adulteração de produto, já que o comerciante pode colocar o que quiser nela, inclusive misturar marcas, acrescentar água com dengue, encher uma bisnaga na outra, etc. uma farra.
a maneira mais higiênica possível de oferecer esse tipo de serviço é ter a bisnaga original da fábrica. mas se atente à data de validade. e nem assim a segurança é garantida. já cansei de ver lugar chique adulterar esse tipo de embalagem.
mas, então. o que fazer? leva a mostarda de casa e pergunta se cobram taxa de rolha? além de muito trampo, soaria deselegante.
a resposta é simples. um dos maiores problemas do ser humano é mera questão de posicionamento, não saber muito bem onde está. se ligue. ir nos lugares de sua própria confiança é a grande solução e também a arma mais poderosa contra uma provável doença desagradável. mas se atente aos detalhes e desencane dos bailinhos ocorridos na calada da noite.
porque a segurança total jamais estará ao seu alcance.
Mauricio says:
Mas também tem gosto para tudo né Jota. Como diz aquela música do Skylab: “Comia ratazana e era feliz”.
4 de February de 2020 — 11:06
Daniel says:
eu sempre achei bem ridícula esta imposição, seja lá da ANVISA, seja lá de governo estadual. a higiene nada tem a ver com isso. eu nem estou entrando no mérito do aumento considerável de plástico indo pro lixão a mais por causa destes sachês malditos! isso sem contar as marcas extremamente duvidosas de molhos. certa vez eu peguei um ketchup que parecia sangue de anêmico, a mostarda devia ter amido de milho de tão branca e grossa que era, uma lástima!!!
por fim, eu tenho meus botecos e lanchonetes de confiança, onde eles possuem o molho caseiro da casa (aí vem na bisnaga, com data de validade e tal) ou, no pior dos casos, com um molho industrializado de qualidade melhor.
4 de February de 2020 — 11:33
Adriano says:
Nunca consegui abrir esses sachês direito.
Essa merda as vezes tem um guia lateral para ajudar que não funciona.
Já não sei quantas bundas eu beijei nessa imensa diversidade que você relatou.
Que bom ver você escrevendo de novo.
5 de February de 2020 — 03:06
Reynaldo Carvalho says:
JB, talvez interesse. Abs.
https://jornalggn.com.br/artigos/gastropolitica-comer-lutar-resistir-e-viver-por-antonio-helio-junqueira/
5 de February de 2020 — 06:59