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Boteco do JB

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FAST FOOD BOSTA

mexendo no blog antigo, achei esse texto e resolvi compartilhar por aqui. não mexi em nenhuma vírgula, apenas mudei o título. espero que goste, até amanhã.

MÉQUI

por conta de um texto que escreverei sobre aquela que considero como a nova geração de fast foods senti a necessidade de retornar ao mc donald’s após algumas décadas. então omeprazol pra dentro e coragem.

embora a rede anuncie aos quatro ventos que se rendeu aos novos tempos, com produtos mais saudáveis, tais como sucos e frutas, não é nada disso que você vê no painel eletrônico que ancora os caixas. as estrelas das fotos são as de sempre. burgers, batatas, shakes, etc. vende-se o que se quer vender.

pedi um burger com queijo, cebola, molho e bacon, ironicamente batizado como macnífico e batatas rústicas. o caixa não pergunta o que você quer beber, mas sim qual o refrigerante? o mc donalds treina seus funcionários para vender o que interessa à lanchonete, não ao cliente. pois bem, o burger e uma coca zero, também um sundae, por favor.

ketchup? mostarda? tem que pedir. e claro que vem nos nojentos sachês que sabe-se lá em quais condições são armazenados. você já parou pra pensar que, enquanto tenta abrir o maldito com a boca, já que seus dedos engordurados não deram conta da tarefa, talvez ratazanas tenham bailado em cima dos tais durante a madrugada?

guardanapos? canudos? repousam discretamente ao lado do caixa, você só pega se lembrar. gentileza zero. olho na maximização do lucro e um eterno pau no cu do cliente que aqui faz mais o papel de vítima mesmo. ou otário.

33 reais, o total de minha compra. tem que ser ao menos razoável, não?

não. a carne do burger é indescritível de tão ruim. nunca comi sola de sapato, nem bosta de vaca. mas acho que se prensar essas duas coisas, congelar e torrar na chapa o resultado deve ser parecido. o blend de ketchup, mostarda e maionese – tudo industrializado, evidente – deixa a impressão de diarreia sobre o queijo de quinta categoria que gruda na carne como um stranger things da vida real. e o pão é tão massudo que poderia ser vendido no mundo cão do olivier.

uma das funcionárias jogou na fritadeira 3 pedaços de batata que caíram no chão. será que é por isso que a chamam de rústica? fato é que ela estava nojenta, com gosto indefectível, de maneira que não consegui comer nenhuma até o fim. usei a coca da mesma maneira que utilizei um dia que entupiu a pia aqui na cozinha de casa. só que no próprio corpo.

a quantidade de açúcar existente no sorvete do sundae é amoral, uma ofensa de ordem maior. também não deu pra encarar.

pelo menos a comida é companheira, fica por horas e horas fermentando no estômago. pelo menos até o momento que você vomite, o que fiz quatro horas depois, pro meu completo alívio. vomitar nunca foi tão bom.

quando é ruim, sempre é caro. e o dinheiro gasto no mc donald’s é um dos piores investimentos possíveis no tão famigerado mercado gastronômico, embora admito que até tenha harmonizado com o cenário de horror que é uma praça de alimentação de shopping.

óbvio que você vai onde bem entender. mas, se for ao mc donald’s, não me chame.

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