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Boteco do JB

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londres vi

faltou escrever um monte de troço sobre londres. as cafeterias incríveis cujo nomes não me recordo, o patê de fígado do the dairy que me emocionou, o negroni do tate preparado com gim exclusivo da sacred, aliás foi no mesmo museu que vi a exposição mais bonita da vida, de edvard munch. e só o que vi em nothing hill já renderia um livro. aliás, a cidade inteira é literária.

um dos melhores lugares que conheci foi o dawat, comida indiana firmeza estilo setentista. sabor nota 1000 e afetação zero. jantei lá num dia bem perfeito, que começou com o magnífico blondie da violet e que teve show do tears for fears num castelo pra 800 pessoas onde comi uma pizza extraordinária e enchi a lata num carrinho de gim comandado por duas elegantes senhoritas.

também bebi uma guinness no pub que amy winehouse bebia. aliás, guinness é uma merda em qualquer lugar do mundo. a curiosidade é que havia um traficante acompanhado por seu pitbull em plena tarde. quando me viu seus olhos chegaram a brilhar, decerto imaginou que efetuaria boa venda. se deu mal. ou quase. cinco minutos depois chegou um sujeito trajado com a camisa do corínthians que garantiu o faturamento do dia. eu guardei dinheiro pra comprar uma prensa original do animals, numa loja ótima lá perto.

boas lojas de discos é o que mais tem na cidade. outra bem legal fica numa das ruas que abriga a fantástica columbia road flower market, onde trampa o ancestral velho das ostras e gritantes vendedores de flores que remeteram à minha época de feira-livre, passada nos saudosos anos 80, quando tinha saúde e certa juventude.

perto do termini tem também a pleasant lady jian bing, que vende um sanduichinho no pão folha com ovo, vegetais, porco e pimenta cujo nome não me lembrarei mas o sabor segue na memória. em londres é possível comer bem na rua com pouco dinheiro.

em 10 dias visitei 7 mercados de rua, isso fiz questão olímpica de contar. conhece-se a cultura de uma cidade pelos seus mercados e feiras. muita coisa boa, mas o que mais me impressionou foi o broadway market tooting. o que dizer de um mercado que tem uma micro-destilaria de gim, um ótimo bar de sake, outro com cocktails de new orleans e um alucinado tocando queen no piano de cauda no meio de um corredor com um monte de gente ao redor cantando junto? taí um povo que se diverte de uma maneira bem peculiar e que me agrada bastante.

nem era a ideia, mas no final acabou rendendo mais uma postagem sobre a cidade com a qual me identifiquei tanto. e nem falei sobre a visita ao estúdio da abbey road, etc. esqueci um monte de coisa. o ideal seria levar um macbook e publicar um tipo de diário de lá, pra diminuir o risco de esquecer tantas ocorrências, tais como o fantástico donut do fergus. quem sabe numa próxima?

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