meu pai deu certo trabalho nos seus últimos anos de vida, quando fugiu de alguns hospitais e destratou inúmeros profissionais de saúde que nunca revidaram, dada a enorme competência deles. já minha mãe, que passou os últimos 3 meses de vida no são camilo, teve uma morte serena, muito pelo tratamento humano recebido pelas enfermeiras plantonistas.
já vivi 5 anos a mais que meu pai e até agora foram 3 internações, a primeira no mesmo hospital em que meus pais morreram e as 2 seguintes na santa casa da misericórdia. fui tratado de maneira digna e profissional, especialmente pelo serviço público.
meus problemas de saúde me colocam num grupo de risco considerável e qualquer problema mais grave que tiver, como não tenho plano de saúde, será na porta do serviço público que baterei novamente.
felizmente também faço parte de um grupo privilegiado que tem condições de ficar em casa e se cuidar de maneira até que razoável, o que diminui o risco de dar merda, embora não o elimine.
é absolutamente lamentável a postura eugenista do presidente genocida, espécie de justo veríssimo da vida real, só que sem a menor graça.
quando jair bolsonaro decreta a atividade das academias de ginástica como serviço essencial ele não quer atingir o quadrúpede que quer malhar num ambiente mais insalubre que um vagão de trem lotado, mas sim matar a faxineira e o professor de educação física. e se o ministro da saúde tivesse um pingo de bom caráter, pegaria seu chapéu e iria embora, ao saber do decreto no meio de uma coletiva. mas pra esse aí parece ser mais interessante pagar de cúmplice de crime contra a humanidade.
a verdade é que nunca estivemos tão fudidos.
como se não bastasse toda a miséria, agora é proibido também o pobre ficar doente. mas é claro que não é assim que funciona. o extermínio da classe mais baixa é planejado, por isso devemos chamar o ocupante do palácio do planalto de genocida, sim. e defenestrá-lo, junto com seu vice e o vampiro da saúde. que respondam por seus crimes no tribunal internacional de justiça.
hoje é dia do enfermeiro, esse ser tão digno e agora ainda mais exposto a doenças tão graves, como a pandemia que nos assola. se você precisar de auxílio médico e não conseguir acesso a ele, responsabilize apenas o governo. o enfermeiro é um super-herói sem poder algum lutando contra inimigos poderosos e por vezes invisível.
mais que nunca todo dia é dia do enfermeiro e fica aqui o registro da minha homenagem a classe.
Raphael Queiroz says:
Mais um belo texto, JB. Obrigado pelo blog e pelos vídeos do canal, servem de alento nestes tempos que vivemos. Tentarei fazer a receita do torresmo caseiro da casa. Abraços.
13 de May de 2020 — 13:43