quem será a última pessoa a ficar sob quarentena? me candidato, apesar das óbvias cada vez maiores dificuldades.
a real é que nunca transei aglomerações e não lido muito bem com o chato de bar, tanto que além desse balcão virtual também mantenho um físico no meu quarto, no qual recebo cada vez menos pessoas.
balcão esse que está com os dias contados, já que é provável que em muito breve eu tenha que abandonar a sede do edifício tristeza. tentei renegociar o aluguel e o dono do apartamento nem me respondeu, o que não é muito gentil nesses tempos pandêmicos. de maneira que se tornou necessário buscar outras vias de moradia.
prestação de serviços está em baixa no momento, mas tenho me virado pra sobreviver. o quinto livro está nos finalmente e um curso eletrônico está a caminho. manter ativo o canal no youtube também é divertido e to quebrando a cuca pra chegar num formato em que possa vender minhas coisas, tais como frango frito e um ou outro drinque. realizar jantares não é hipótese descartada. claro que tudo virá em seu devido tempo, sem atropelamentos.
agora, voltemos a falar da reabertura econômica. não existe quarentena civilizada num país que foi feito pra dar errado, que combate violência com incompetência desde a cruel invasão portuguesa.
de maneira que entendo quem abre suas portas, ainda mais com o governo estimulando tal ato. e me solidarizo com o trabalhador que sai da periferia tendo como condução o transporte público – mais insalubre até que a academia da dondoca – em busca de alguns trocados para por pão e leite na mesa.
porém tem um tipo em especial que foge à minha compreensão. aquele que vai ao shopping center comprar blusinha.
por que? pra que? o que se passa na cabeça dessa múmia quadrada? tal comportamento apenas prova que a trajetória do ser humano não é sinônimo de evolução.
embora seja tentador desejar morte lenta e dolorosa a esse tipo de criatura, não é isso que quero. pelo contrário, estimo melhoras às mentes doentias e famintas por um sapato 38.
bem sei que as perspectivas são as mais pessimistas possíveis, mas lembro que o jogo é jogado e só acaba quando termina.
tentemos sobreviver a tudo isso.
André says:
Aqui no Mato Grosso tínhamos 10% de ocupação das UTIs. Abriram tudo… Juntou a ganância de alguns comerciantes que não seguiram as recomendações com e educação do nosso povo. Resultado estamos há semanas com 90 – 98% de ocupação das UTIs, dependendo apenas dos óbitos do dia.
Parece q a vdd é essa mesmo, Brasil não foi concebido para dar certo.
16 de July de 2020 — 19:18
Cássio de Oliveira Almeida says:
Muito bom, JB. Sigamos… Abraço virtual nesse momento sem abraços.
16 de July de 2020 — 19:28
Wagner Wälls says:
É mestre, uma hora a conta chega pra pagar. Por o pão na mesa, pagar o aluguel… acordar cinco da manhã, pegar o busão lotado pra cruzar a cidade, chegar no trampo, e vender a blusinha pra alguma mente doentia. Vida que segue!
16 de July de 2020 — 19:28