não sei que dia da semana é hoje. pra não enlouquecer, resumi a rotina a ontem, hoje e amanhã. tá de bom tamanho. minha rotina se limita a atualizar esse blog, ler um pouco, ver mais tv que gostaria, dar rápidos passeios caninos, cozinhar menos que gostaria e pedir comida de quem precisa se manter aberto. se acabar bebida, o que é pouco provável, também sei quem entrega da boa.
sempre que possível, driblo as grandes empresas de delivery que estão nadando de braçada na onda do corona, cobrando taxas abusivas ao extremo dos comércios e ficando cada vez mais milionários, dessa vez em cima de uma pandemia que dizima com crueldade boa parte da população global.
se você precisar de serviço de entrega – restaurante, mercado, drogaria, o que for – tenha a bondade de checar antes de que maneira o lugar em questão realiza o delivery com suas próprias forças. ajude, em especial, o pequeno comerciante.
sou de uma época que se pedia muita pizza por telefone. geralmente o dono da pizzaria que atendia, reconhecia a voz da freguesia e a chamava pelo primeiro nome ou até pelo apelido. ele sabia de cor o gosto pessoal dos mais fieis e dava uma pizza a cada dez compradas.
em que momento que os aplicativos nos emburreceram e qual é o tamanho do prejuízo financeiro e mental? quando foi que nos tornamos funcionários do smartphone?
claro que o milênio passado não voltará, a ideia não é publicar uma postagem de tiozão saudosista. bem sei que o passado é sobrevalorizado e o futuro menos provável a cada dia que passa. o que nos sobra é tentar nos virarmos para tornar o presente possível.
não proponho nenhum radicalismo, mas apenas que se use os tais apps com sabedoria. por mais que pareça que eles ofereçam uma infinidade de vantagens, basta um pouco de raciocínio pra ver que não é bem assim. além do mais, não estamos falando de gente boazinha. do contrário não precisaria da intervenção da justiça pra obrigar um desses miliardários prestar assistência para pobres motoboys infectados pela covid-19.
o cenário de hoje me lembra a putaria existente até o começo desse século, em que operadoras de cartões de crédito e débito disputavam entre si pra ver quem cobrava a taxa mais escrota. pouco tempo depois, quando o ticket-refeição saiu do papel em direção ao plástico, foi o mesmo caralho. até a situação se ajustar, muito dinheiro foi ganho pelos mesmos de sempre. e não é uma pandemia global que vai mudar a cabeça desses vilões sem o menor escrúpulo.
mas nós podemos fazer a nossa parte. você já cumprimentou o farmacêutico do seu bairro hoje? e já reparou que tem um bom fornecedor de água duas ruas pra cima da sua casa? aproveite o banho de sol nesses dias de necessário resguardo para ver o que ocorre de fato no seu pedaço, sempre mantendo a distância de 2 metros do próximo, claro. seja breve na saidinha e invariavelmente humano. se a derrota é inevitável, que seja do lado certo da força.
fica em casa, lave as mãos e evite os apps tóxicos.
Cesar says:
Nunca, eu disse NUNCA, usei aplicativo por acreditar que são o ápice do lixo em que se transformaram as relações entre pessoas, entre trabalhadores e empresas entre o grande capital e fudidos como eu. Sexta pedimos 2 pizzas de responsa de uma empresa familiar. Quando falamos que preferiíamos o serviço de entrega deles a moça filha do dono se emocionou ( juro). Não fiz nada. Só o que devia fazer.
8 de April de 2020 — 13:44
Fabiano says:
Grupos do bairro em q vc mora, presentes no Facebook estão sendo uma excelente fonte de deliveries locais…
8 de April de 2020 — 13:51
Frederico says:
Moro em BH e infelizmente alguns negócios de comidas que fazem entrega estão apenas no App do capital. Já em ouro preto onde faço faculdade a maioria tem entrega própria, além de preço justo para o que oferece. Observação que pelo App geralmente são de 2 a 3 reais mais caros que se ligar para o comerciante e poder escutar uma maneira peculiar de se dizer bauxita .
8 de April de 2020 — 15:13
Kaio Cesar says:
JB, por que vc é tão humanista e do bem nos seus textos e na live é um grande cuzão com quem gosta de vc?
8 de April de 2020 — 15:41
jb says:
além de generalizar, ainda me xingou, de maneira zero elegante. mas responderei, apesar da sua falta de educação.
publico conteúdo para redes sociais desde 2007 e aqui é o lugar no qual melhor consigo me expressar. sou mais das letras que dos vídeos, apesar da pseudo-fama. bom que aparentemente você gostou, embora tenha emendado elogio com insulto.
sobre as tosquíssimas lives no instagram, admito que às vezes me perco na dinâmica, confundindo haters com piadistas e gente apenas sem senso de noção. mas mesmo assim tento compartilhar um pouco de informação do pouco que tenho a oferecer. se acha que isso me faz um “grande cuzão”, talvez seja melhor não me acompanhar mais por lá. eu insistirei mais um pouco, mas a probabilidade de desistência é grande. obrigado pelo comentário e espero que seja mais gentil com sua família.
8 de April de 2020 — 15:56
Kaio Cesar says:
Bem que eu desconfiava que era só um personagem, aquele da live, mas o público parece gostar, então tudo bem, segue o jogo. Ainda acredito, como diz seu interlocutor no livro de cartas, que você é o cara do bem e de grande coração, embora não o pareça sempre.
8 de April de 2020 — 16:04
jb says:
passivo agressivo, você. acaba de tentar me ofender de novo, ao me xingar de “personagem”, mesmo após eu admitir que tenho dificuldade de lidar com a mídia, daí a sua má impressão. haja.
8 de April de 2020 — 16:21
Kaio Cesar says:
parece que os passivos agressivos se reconhecem facilmente então uns aos outros.
Vida longa e próspera \/
8 de April de 2020 — 18:05
jb says:
não o xinguei nenhuma vez, de maneira que a tentativa de comparação irônica não cabe, assim como todos seus comentários são errados. peço pra que pare, pois não tenho tempo pra lidar com esse tipo de comportamento.
9 de April de 2020 — 11:47
Beto says:
Moro no interior, ainda podemos ligar e pedir uma pizza falando com o dono. mas já começa aparecer os aplicativos. Sempre achei esses serviços de entrega com bicicleta exploração do trabalho, quase escravo. Procuro pagar a taxa e dar uma gorjeta pro motoboy.Também só compro do pequeno mercado ao lado de casa, da pequena hamburgueria e quitanda, nada de grandes redes. Essas grandes redes possuem muito capital de giro e entregam milhões aos acionistas e são as primeiras a demitir em massa.
8 de April de 2020 — 18:15
Otávio says:
Depois de descobrir as taxas abusivas e todo o esquema de Dark Kitchens, uma baita distorção de todo o mercado, evito ao máximo pedir por aplicativos. Ligo para o restaurante, pergunto o tempo previsto, e tenho uma desculpa pra sair de casa rapidinho pra buscar a comida. Mas, experiências pessoais à parte, há de se entender o apelo dos aplicativos de entrega – e, nisso, há uma diferença brutal entre os cartões do passado: as taxas cobradas pelas operadoras eram irrelevantes em termos práticos para os clientes; hoje, Rappis, iFoods e afins oferecem uma série de benefícios para os clientes – entregas grátis, descontos, entre outros. O jogo é outro.
8 de April de 2020 — 19:07
Deus says:
23 de maio de 2020 o corona vírus vai ser a epidemia mais mortal do século. foda-se o ifood.
8 de April de 2020 — 22:15
zeno says:
ifóód fica com até 27% do valor do pedido! vinte fucking sete por cento!
9 de April de 2020 — 00:38
Zeno Bocardo Pereira says:
Vejam isso:
https://site.zygotecnologia.com/delivery-do-bem-quem-somos
9 de April de 2020 — 08:06
Bernardo Souza Lima says:
Felizmente, consegui passar até hoje sem baixar um aplicativo de entrega.
Aqui em Belo Horizonte, estou pedindo no Roça Grande. Entrega própria e excelente comida. E mais, a chef Mariana está com um projeto de escoar produtos de pequenos produtores rurais sem incluir os custos dela. Recomendo.
9 de April de 2020 — 14:09