rochelle canteen é restaurante que mais parece saído de um conto de fadas que você encontrará na vida. e que pato, damas e cavalheiros. que pato! mais um pico que vale a viagem.
claro que nem tudo correu perfeitamente. conhecer o histórico the savoy era o sonho da vida, que logo se tornou um pesadelo, apesar da costumaz gentileza londrina. cocktails dulcíssimos e desequilibrados me fizeram entender porque se bebe cocktail tão mal aqui no brasil também. segue-se a moda da confeitaria. ainda fui no badalado kwant, do ex chefe de bar do hotel em questão e a decepção foi a mesma. inclusive ele nem estava lá, no bar recém-inaugurado. boas cervejas na brew dog salvaram essa noite.
pra não detonar toda coquetelaria da cidade falarei bem de um cocktail em especial, encontrado no xu teahouse, graciosa casa chinesa que serve um arroz de lardo delicioso. seu nome é cloud peak e nele vai missô, gim, limão, chá e jerez. é esse tipo de bebida que esperava encontrar com menos dificuldade na cidade. mas, tudo bem. vinhos e cervejas salvaram a viagem.
um último lugar me vem à já tão desgastada memória. e5 bakehouse, onde dizem que o cesinha do terrível corrutela estagiou.
pães, sanduíches, entre outras coisas. tudo num nível altíssimo feito por refugiados do mundo inteiro. produtos que partem do zero com moinho, etc. café incrível e por aí vai. tudo isso com ZERO PALESTRA. só te explicam algo se você perguntar, serviço adulto e bem resolvido. exatamente o oposto da maior parte dos lugares paulistanos ditos gastronômicos onde impera o xaveco tentando justificar a comida meia-boca e o vinho natural bosta.
e aqui se encerra um resumão da viagem a londres, dentro do que consigo lembrar. muita vontade de voltar, mas falta grana. uma hora dá certo.
a conclusão é a que temos longo caminho a percorrer por aqui, sendo que a meta deve ser a de alcançar a boa mesa cotidiana para maior parte da população. tá longe, bem longe. mas, tudo bem. ninguém nunca disse que seria fácil.
Willians Thiago de Oliveira says:
Numa época em que, quase ninguém mais escreve, ler textos cheios de alma, me faz lembrar e citar aquele clichê “renova minha esperança na humanidade”.
Escreva sempre
21 de January de 2020 — 12:57
Ezra L. says:
Terrível corrutela?
21 de January de 2020 — 14:01
jb says:
tecnicamente pra se tornar terrível tem que melhorar muito, daí a comparação com o e5.
21 de January de 2020 — 16:30
Thiago says:
Continue escrevendo. Sei que a pedra rola e que hoje a demanda é podcasts e canais no YouTube. Mas acredito que tem muito leitor órfão ir aí.
21 de January de 2020 — 15:08
Miguel says:
Esses dias mesmo fiz a receita do Macunaíma que o Paladar publicou e achei doce pra caralho. Será que o paladar da maioria das pessoas ainda não cai muito pro doce e a maioria dos bartenders acompanha?
21 de January de 2020 — 18:57
jb says:
é muito doce mesmo, não gosto. mas cabe ao bartender educar o paladar das pessoas, não seguir o gado.
21 de January de 2020 — 20:54
Luiz Gabriel says:
Bons relatos, achei que voce iria visitar algum bar daquele Tony Conigliaro, cara bem falado pelos barman’s daqui,lembra desse cara?
22 de January de 2020 — 09:25
João Victor says:
Tinha que ser corinthiano?
22 de January de 2020 — 13:44
jb says:
hã?
22 de January de 2020 — 18:29
Ronaldo says:
Qual o problema do Corrutela? Tem bom produto e respeito ao ingrediente.
22 de January de 2020 — 21:09
jb says:
não, não tem um bom produto. não sabem nem assar um pão, o corrutela é uma bosta, não dominam nem o básico. e, como se não bastasse, cheio de palestra. por fim, quando se serve produto lixo, logo não se respeita o ingrediente. uma coisa é ligada a outra. não à toa atraem tanto o público da moda, acho que é uma maneira deles se manterem muito magros.
22 de January de 2020 — 21:22
Walter says:
Ué, achei que você tinha pego ao menos uma noite dos shows do King Crimson no Royal Albert Hall.
23 de January de 2020 — 17:20
zé says:
não foi em nenhum restaurante do jamie oliver?
23 de January de 2020 — 18:44
jb says:
pra que?
24 de January de 2020 — 18:05