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Boteco do JB

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sem paixão

impressões sobre um desastroso jantar no restaurante de um chef mineiro que se tornou nacionalmente conhecido devido a um programa gastronômico na tv aberta. postagem publicada originalmente no meu site anterior, o edifício tristeza. um ex cozinheiro do lugar me disse anonimamente que vai nada menos que neston na farofa criticada no texto. espero sinceramente que o chef não tenha jogado tão baixo. tenho uma história muito pior que essa referente ao mesmo comércio, na qual uma cozinheira índia tem um tratamento tão escroto que chega a ser surreal. se ela topar, eu publico. mas, por enquanto, é só uma ideia. saudades, tainá marajoara!

crouton

a trilha sonora bosta & lounge já me chamou a atenção um bocado, logo na entrada do apertado salão com mesas pequenas e cadeiras desconfortáveis. mas, se a comida for boa, tá valendo, pensei comigo mesmo.

pois bem.

pra começar com o pé esquerdo, água são lourenço em garrafa de plástico geladíssima me foi servida. claro que não é esse o serviço que espero de um premiado restaurante com pretensão contemporânea. após analisar a pouco atraente carta de vinhos, pedi um tom collins. esse que, por sua vez, veio muito gasoso e com um rodelão de limão tahiti no copo. como a oferta de cervejas é desprezível, logo desisti do álcool.

o cardápio se divide em quatro seções: petiscos, entradas, principais e sobremesas. pedi um petisco, denominado como carpaccio cítrico, sem especificar direito o que vinha no prato. o mesmo veio com um pão mequetrefe, que mais parecia torradinha da bauducco. o garçom perguntou se gostei e respondi que não. saiu de cena fazendo fusquinha, deve estar acostumado a receber elogios.

como o curso do jantar não estava indo bem, além de desistir do álcool também pulei a parte da entrada e fui direto ao principal, optando por um item que considerei menos arriscado: leitoa com farofa, purê de inhame, compota de maçã e farofa.

pois bem.

leitoa completamente sem sal por cima de um purê que mais parecia uma mousseline sem gosto, maçã sem acidez alguma e uma farofa tosca, cuja procedência dos ingredientes que a compunha talvez seja melhor não saber.

pedi sobremesa, na vã esperança de que a mesma amenizasse a sensação de fracasso do jantar. santa inocência. massa crua, lemon curd massudo com infantis pedacinhos de bananada que não tinham a menor comunicação com o doce acobertado por merengue meia boca.

existe um interessante cenário de cafés especiais na cidade, mas o chefe léo paixão parece se importar mais com dinheiro que com produto de qualidade. no glouton o café é nespresso. dinheiro na mão, calcinha no chão.

a conta deu 200 aécios porque pisei no freio. não teve vinho, nem entrada, apenas um drink e óbvio que não pedi o café bosta. é possível gastar facilmente mais que o dobro disso pra comer mal. muito mal.

por fim, agradeço ao hotel mercure unidade lourdes por não deixar faltar água no frigobar do quarto onde estou hospedado, já que todas unidades foram mais que bem vindas, mas consumidas mesmo na catastrófica noite do jantar.

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